Na Cidadela Arco-íris, de 5 a 9 de outubro 2020, decorreu um curso presencial de fisioterapia, com todas as precauções de prevenção necessárias neste tempo conturbado. Conta a equipa organizadora: “Foi realizado contraventos e marés. Quanta dúvida. Objectivamente, fazia sentido? Dois fisioterapeutas inscritos, que trabalham na Suíça, poucos dias antes do evento, não tiveram a autorização de sair de País, pelo facto de Portugal ter ‘entrado na lista negra’. Quantas lágrimas… E não só pelo factor económico, por ter pago a inscrição e a viagem, mas também reconhendo a mais valia desta aprendizagem que oferece ferramentas que permitem olhar o paciente como pessoa, na sua globalidade. Na procura de ‘fazer nosso’ este sofrimento, surgiu um fervilhar de ideias e… Mãos à obra!”
A generosidade manifestou-se em vários pormenores da preparação. Chegou de empréstimo uma câmara de filmar para a transmissão, o router e a disponibilidade e sabedoria…
O curso decorreu com uma transmissão simultânea via internet, concluindo-se com um feedback de perguntas e respostas. Entre os participantes, um comentário comum era de que “O Amor faz desmoronar qualquer fronteira.”
Houve a participação de fisioterapeutas e pacientes de vários pontos do País: de Faro, Beja, Lisboa, Viseu… até Ponte de Lima. No dia aberto, participaram também outros agentes no mundo da Saúde, e pacientes particularmente interessados de Portugal, da Holanda, Itália e Alemanha.
Eis duas das impressões flash, destes dias: “Gostaria de agradecer todo o Amor e Carinho que fui recebida e senti durante esta semana de formação aqui nesta Casa. Senti-me em casa, rodeada de pessoas que são uma família. Fiquei sensibilizada pela dedicação e amor ao próximo, que se manifestou em pequenas grandes coisas como na maravilhosa comida, nos quartos acolhedores e em pessoas tão bonitas que nos recebem com o seu sorriso e o seu coração. Espero e quero voltar a esta casa. Senti que foi uma semana iluminada e que parto de coração cheio. Mostraram-me como o Mundo pode ser um lugar mais bonito se todos dermos um pouco de nós. E que “os anjos também vestem calças”. C. G. Beja.
“Saí de Viseu com a sensação que iria ter um grande desafio esta semana. Só não sabia que seria tão gratificante porque não estava à espera que, para além do conhecimento, eu iria aprender a viver de uma outra forma, que na verdade eu conheço da teoria cristã mas, na verdade, não na prática. Com a cidadela eu aprendi que apesar de tudo é possível, porque vocês conseguem fazê-lo. E isso foi muito bonito, porque eu achava que não era possível e vocês mostraram-me o contrário. Vou, concerteza, levar isto para a minha vida e tal como vocês, vou colocar em prática. O caminho será longo mas obrigada por me terem mostrado que é possível.”I.V.