Comunidades Crianças

Operação “(Des)alojaram Jesus” 2018

Esta “Operação” realiza-se um pouco por todo o mundo e foi inspirada numa meditação/poema de Chiara Lubich, fundadora do Movimento dos Focolares. Enquanto passeava nas ruas de uma cidade Suíça, na época natalícia, verificava a enorme riqueza e exorbitante beleza existente nas montras decoradas para o Natal. No entanto, e inacreditavelmente, este mundo rico e consumista tinha-se apoderado do Natal, mas O menino Jesus já ali não tinha lugar. E esta constatação mergulhava-a numa enorme tristeza. Partilhou-a com os seus amigos. Então, a partir dali, crianças e adultos de todo o mundo, multiplicaram as atividades para “realojar” Jesus no Seu Natal e nas nossas casas.

Também algumas crianças e adultos da cidade de S. João da Madeira, têm, ao longo dos últimos anos, aderido a esta “operação”. E este ano, a Catequese da paróquia, associando-se à Operação “(Des)alojaram Jesus”, levada a cabo no mundo inteiro pelas crianças do Movimento dos Focolares, criou a oportunidade de encontrar perto de duas centenas de casas para alojar Jesus neste Natal. Os cerca de 200 meninos e meninas que frequentam o 1.º e 3.º anos da catequese, bem como as suas catequistas, compreenderam bem o que esta campanha significa, antes de mais, alojarem Jesus nas suas casas e nos seus corações. Entenderam que a felicidade que todos procuram, talvez mais nesta época natalícia, não é aquela que vem das felicidades “pequenas”, que rapidamente passam, mas aquela felicidade que encontramos quando verdadeiramente se ama.
Foi comovente ver a atenção que cada criança prestava à explicação dada pelos promotores desta ação, sobre a verdadeira perspetiva de Natal, resultante do querer levar novamente o Menino Jesus aos nossos presépio, às nossas casas… Depois, colocaram toda a dedicação e empenho na preparação do seu Menino Jesus em gesso, escolhendo as cores, a caminha… e a esse pequeno presépio juntaram a mensagem de Natal para lerem em família. Percebendo que o Menino Jesus, quando nascera, não tivera lugar na hospedaria, podiam agora, eles próprios levá-Lo e acolhê-Lo nas suas casas.

Depois, no sábado, dia 15 de dezembro, foi o dia da campanha de rua. Procuram mais casas onde alojar Jesus. Junto do mercado e do centro da cidade, grupos de meninos e adultos vendiam ou ofereciam os “Meninos Jesus”, previamente preparados. O dinheiro angariado destinava-se a ajudar refugiados.

Os ecos que foram chegando mostram bem como a mensagem passou.
Uma mãe contou que, no regresso a casa com o seu filho e dois amigos, estes diziam entre si, cheios de emoção: “já viste que nós levamos mesmo Jesus para casa?”;
Uma menina que levava o seu menino debaixo da camisola, perto do coração dizia: “ Ele aqui vai mesmo quentinho e muito confortável”.
A uma senhora aparentando pouca vontade em levar o Menino Jesus”, uma das crianças perguntou-lhe se não queria ouvir a história? Depois de a ouvir e perceber, levou três.
Também uma senhora, que tinha muitas dificuldades económicas, partilhou com os meninos o valor da sua baixa reforma e da dificuldade em gerir as contas até ao fim do mês, mas mesmo assim não deixou de comprar um Menino Jesus. Vendo isto, os meninos acharam que seria bom entregar-lhe mais um Menino Jesus, desta vez oferecido, e tanto as crianças como a senhora ficaram muito contentes.

Um aspecto impressionante foi o facto das pessoas se disporem a ouvir verdadeiramente o que as crianças tinham a dizer. Com toda a sua inocência, pureza e verdade nos corações, “tocavam” assim os corações dos adultos. É grande e efetiva a influência das crianças no mundo!
E assim, com estes verdadeiros ateliers, para se “fabricar” pequenos Meninos Jesus de gesso, conseguiu-se dar ao Natal o seu autêntico significado, mas, conseguiu-se, sobretudo, criar uma atmosfera de Amor que, já por si, é Advento, é Natal.