Jovens

JMJ: chamados pelo nome

A Jornada Mundial da Juventude (JMJ), promovida pela igreja católica, está a ser preparada a nível diocesano. Em curso está um caminho de preparação para 2023, quando jovens de todo o mundo se irão encontrar em Lisboa, com o Papa.

É verdade. Entre aqueles que mais sofreram, neste período de emergência sanitária, estão os jovens. De repente, viram a sua natural abertura para o exterior e o seu desejo de expansão ser, inesperadamente, interrompido. Não puderam ir à escola, à universidade ou ao trabalho. Ficou cancelada a sua vida social e alterado o relacionamento com os amigos.

Mas também é verdade que os jovens foram os primeiros a pôr em marcha a solidariedade, a lutar pela vida, a incutir esperança, a ser construtores de paz, a cuidar do meio ambiente.

O Papa Francisco ouviu-os, ouviu deles o que viveram e estão a viver neste tempo e, há alguns dias, tornou pública a sua mensagem para a JMJ2021, com um slogan que é um convite à ação:

Levanta-te! Constituo-te testemunha do que viste!”.

“Quando um jovem cai, de certa forma, a humanidade cai. Mas também é verdade que quando um jovem se levanta, é como se o mundo inteiro se levantasse”, diz o Papa, que coloca diante deles a história do jovem São Paulo que, a caminho de Damasco para prender alguns cristãos, encontra Jesus, no meio de uma luz “mais brilhante que o sol”, que o chama pelo nome: “Saulo!”

Quase como se o Papa Francisco quisesse hoje chamar cada jovem pelo seu nome. E percorrer com eles o caminho de testemunha de Cristo que Paulo fez. E diz a cada um: “Levanta-te” e testemunha a tua experiência, o amor e o respeito que é possível nas relações humanas. Levanta-te e defende a justiça social, a verdade, os direitos humanos. Testemunha o novo olhar que te faz ver a criação com olhos cheios de maravilha, te faz reconhecer a Terra como a nossa casa comum e te dá a coragem de defender a ecologia integral. Testemunha que se pode sempre recomeçar e que Cristo vive.

“Vejo esta mensagem como um grande desafio para nós, jovens”, afirma Klara Maria Piedade, 27 anos, uma jovem do Brasil. “Acho que é uma resposta e uma confirmação de que realmente devemos ser responsáveis por nos tornarmos protagonistas de um mundo unido, de um mundo mais fraterno”.

Klara faz parte do grupo de jovens que, este ano, estão no Centro Internacional dos Jovens para um Mundo Unido, do Movimento dos Focolares. Deste maio passado que se empenham em várias frentes para o cuidado da casa comum, fazendo eco da “Laudato Si’Dare to care – Ousar cuidar – é o nome do “programa”, do qual são os principais promotores. “Temos que ser protagonistas”, sublinha Klara, “não apenas com palavras, mas com as nossas ações”. “Mudaremos o mundo se dermos este primeiro passo. É muito importante trabalhar em rede com quem já está a fazer alguma coisa.”

A data da próxima Jornada Mundial da Juventude foi marcada para agosto de 2023. O evento internacional será em Lisboa. Entretanto, este ano, em novembro, por ocasião da festa de Cristo Rei, a JMJ será celebrada em todas as dioceses do mundo. Será uma etapa rumo a 2023. Um percurso de preparação aberto às surpresas de Deus, “que quer fazer brilhar a Sua luz no nosso caminho”.

Fonte: focolare.org